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revista conexão de saberes
n.4 março 2021 - (entre)linhas literárias

Geoliteratura diz respeito à territorialidade construída em determinado ‘espaço–tempo’, contada através de uma forma particular de subjetivação da narrativa. A forma literária. Que se apresenta de diversas maneiras: em prosa, em verso, e até naquilo que a gente não sabe muito bem como nomear, porque a palavra exata escapa: textos. No plural. Textos já cabe pra dizer o que pode ser literatura.

 

Diz respeito, portanto, a como o Eu fala ao Outro sobre sua forma de ver o mundo. Essa lógica acrescida do prefixo geo marca um lugar. Considera uma maneira própria de valorização da visão de mundo onde ela se define, a partir da identidade que se estabelece com a Terra. 

 

Literatura é fuga. 

 

“Partir, partir, evadir-se (...) atravessar o horizonte, penetrar em uma outra vida (...) A linha de fuga é uma desterritorialização.”

 

Desterritorializar-se para penetrar em territórios alheios. Ousar enxergar o mundo através da fantasia do Outro.

 

Já dizia o ditado:

 

“pra se conhecer a cultura de um povo, leia sua literatura”.


Em tempos de desmates, desmontes e desamparos, uma revista que empresta olhares pra enxergar essa rota de fuga de si. Pra “reflorestar pensamentos e afetos”. Quem sabe assim, saindo de si, desterritorializando-se, a gente não passe a enxergar a importância do(s) Outro(s) pra construção do Eu. A importância do corpo coletivo. Do ser social.

Plante a semente: espalhe a palavra!

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Nessa edição você encontra:

- Carolina Maria de Jesus
- quarto de despejo: diário de uma favelada
- torto arado

- o menor amor do mundo
- as cidades invisíveis
... além de fotos e poesias

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