revista conexão de saberes
n.7 abril 2022 - oceanoAmar
Da superfície ao fundo do mar, das bordas continentais aos oceanos abissais:
Como navegar em direção ao oceano que precisamos para o futuro que queremos?
Ou ainda:
Como navegar em direção à ciência que precisamos para o oceano que queremos?
Nesta edição da revista Conexão de Saberes, mergulhamos profundamente no oceano, remexendo suas águas e trazendo à tona questões sedimentadas, e por vezes esquecidas, em profundas trincheiras.
Por que se lançar ao mar?
Para além da iminente degradação que vem sofrendo ao longo dos anos com a poluição diversificada, a pesca excessiva, a destruição de habitats e as mudanças climáticas, o oceano tem influência primordial no funcionamento do planeta como um todo: ele promove a regulação do clima global, refletindo nas atividades humanas que dependem direta ou indiretamente dele.
“Como sensibilizar a sociedade frente a uma ciência que alerta sobre
o risco de extinção da nossa espécie?”
Navegamos entre mares distintos, conectando reflexões sobre a formação das/os oceanógrafas/os dentro e fora das universidades, passando por debates sobre mudanças climáticas sob diferentes perspectivas, e fechamos com questões interseccionadas pelo gênero e pelo racismo.
{Oceanografia: substantivo feminino; ciência que tem por objetivo o estudo das áreas física, química, biológica, geológica, socioambiental e gerenciamento do ambiente costeiro e marinho.}
Não há uma rota única para adiarmos o fim do mundo, mas podemos dizer que ela passa por ações que visam o fortalecimento da resiliência e da capacidade adaptativa socioecológica, mirando na gestão integrada com bases ecossistêmicas, fundadas na ética biocêntrica, e que respeite os direitos etnológicos e da Natureza. Para alcançarmos essas metas, algumas ações são sugeridas; mas, não só: (re)conhecimento dos saberes ecológicos tradicionais, apoio à execução de pesquisas e monitoramentos, promoção e fortalecimento da aprendizagem social, das redes locais e da co-gestão adaptativa, mantendo as comunidades ativas e vigilantes. Como já dizia Ailton Krenak, “é preciso reconstruir a relação entre sujeitos coletivos e a existência orgânica em comum”.
Um bom mergulho!
Nessa edição você encontra:
- oceano(grafias) possíveis
- mudanças climáticas em pauta e os ciclos de 30 anos
- oceano e clima: a ponte entre os tempos geológico e histórico
- mulheres e oceano: invisibilidade
ou cegueira?
...além de fotos e poesias